Conforme evidencia Francisco Gonçalves Peres, a Geração Z, composta por jovens nascidos entre 1997 e 2012, está entrando em peso no mercado de trabalho com uma perspectiva radicalmente diferente das gerações anteriores. Criados em meio à internet, redes sociais e tecnologias móveis, esses jovens têm familiaridade natural com ambientes digitais, o que influencia diretamente sua relação com o trabalho.
Mais do que estabilidade ou cargos tradicionais, eles buscam propósito, flexibilidade e bem-estar. À medida que essa geração ganha espaço, torna-se evidente que seus valores e expectativas estão reformulando padrões tradicionais, abrindo espaço para novas estruturas organizacionais mais horizontais, inclusivas e digitais. Confira!
Por que o trabalho remoto se encaixa tão bem com o perfil da Geração Z?
Segundo Francisco Gonçalves Perez, a afinidade da Geração Z com o trabalho remoto não é mera coincidência — ela está diretamente ligada ao seu modo de vida hiperconectado e à valorização da autonomia. Acostumados a resolver problemas, estudar e socializar online, esses jovens veem o ambiente digital como uma extensão natural de suas atividades diárias.
Para eles, trabalhar remotamente não é um desafio logístico, mas uma oportunidade de conciliar desempenho com qualidade de vida. Isso se traduz em uma preferência por modelos híbridos ou 100% remotos, onde o tempo de deslocamento é eliminado e o foco pode ser direcionado para resultados, e não apenas para o cumprimento de horários fixos.
Como as empresas estão se adaptando às demandas dessa nova geração?
Francisco Gonçalves Peres menciona que organizações que desejam atrair e reter talentos da Geração Z estão precisando rever profundamente suas políticas internas, cultura organizacional e tecnologias utilizadas. Flexibilidade de horários, foco em entregas, ambientes colaborativos e oportunidades de desenvolvimento contínuo se tornaram requisitos básicos.

Além disso, há um esforço crescente para criar uma cultura de propósito, diversidade e responsabilidade social, elementos altamente valorizados por essa geração. As empresas que resistem a essa transformação correm o risco de se tornarem obsoletas, enquanto aquelas que abraçam a mudança estão colhendo os frutos de equipes mais engajadas e produtivas.
O trabalho remoto compromete ou aumenta a produtividade da Geração Z?
Francisco Gonçalves Perez explica que ao contrário do que muitos líderes temiam no início da transição para o home office, estudos recentes mostram que a Geração Z, quando bem gerida, pode ser altamente produtiva fora dos escritórios tradicionais. Sua facilidade com ferramentas digitais, sua capacidade de autoaprendizado e sua disposição para adotar novos fluxos de trabalho são fatores-chave para o sucesso no ambiente remoto.
Para a Geração Z, o sucesso não está necessariamente atrelado a cargos altos ou grandes salários. Eles valorizam experiências que tragam crescimento pessoal, liberdade criativa e impacto positivo na sociedade. Ter tempo para projetos paralelos, empreender ou se envolver em causas sociais é muitas vezes tão importante quanto bater metas de desempenho.
Por fim, para Francisco Gonçalves Peres, com a Geração Z ganhando protagonismo, é provável que o trabalho remoto evolua ainda mais, tornando-se não apenas uma opção, mas uma expectativa padrão. Modelos híbridos, coworkings descentralizados e jornadas personalizadas devem se tornar norma. Mais do que discutir “voltar ao escritório”, o foco passará a ser como garantir conexão humana, desenvolvimento profissional e bem-estar em um mundo digital-first.
Autor: Carye Ulaan