Conforme o Dr. Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a fertilidade após os 35 é um tema que desperta muitas dúvidas e preocupações em mulheres que desejam engravidar. É comum ouvir afirmações de que, após essa idade, as chances de concepção diminuem drasticamente, mas nem sempre essas informações correspondem à realidade. Embora seja verdade que a reserva ovariana diminui com o tempo, existem diversos fatores que influenciam a capacidade reprodutiva, e entender esses aspectos é fundamental para tomar decisões conscientes sobre o planejamento familiar.
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Fertilidade após os 35: quais são os mitos e verdades mais comuns?
A fertilidade após os 35 costuma ser cercada por crenças que nem sempre são verdadeiras. Um dos mitos mais comuns é o de que engravidar após essa idade seria impossível. Embora a taxa de fertilidade realmente diminua, muitas mulheres conseguem engravidar naturalmente, especialmente quando mantêm hábitos de vida saudáveis e não apresentam problemas reprodutivos significativos.

Outro mito frequente é a ideia de que todas as mulheres precisam recorrer a tratamentos de reprodução assistida depois dos 35. Na realidade, esses procedimentos só são indicados em casos específicos, como infertilidade diagnosticada ou dificuldade para engravidar após um ano de tentativas. Em muitos casos, ajustes no estilo de vida e acompanhamento médico são suficientes para favorecer a concepção.
Por outro lado, o médico Tosyn Lopes destaca que é verdade que a qualidade e a quantidade dos óvulos diminuem progressivamente com a idade, o que pode dificultar a gravidez. Além disso, há um aumento no risco de condições como aborto espontâneo e anomalias cromossômicas, tornando o acompanhamento pré-natal ainda mais importante.
Como a idade impacta a reserva ovariana e as chances de gravidez?
A reserva ovariana representa a quantidade de óvulos disponíveis para a ovulação ao longo da vida da mulher. Na fertilidade após os 35, essa reserva passa por uma redução significativa, tanto em número quanto em qualidade. De acordo com o Dr. Oluwatosin Tolulope Ajidahun, esse processo é natural e começa de forma mais intensa por volta dos 30 anos, acelerando a partir dos 35.
Com menos óvulos disponíveis e uma qualidade reduzida, as chances de concepção diminuem gradativamente. Isso não significa que engravidar seja impossível, mas que pode levar mais tempo e exigir cuidados extras. Exames como o hormônio antimülleriano (AMH) e a contagem de folículos antrais ajudam a avaliar a reserva ovariana e orientar o planejamento reprodutivo.
Quais cuidados aumentam as chances de engravidar após os 35?
Como frisa o médico Tosyn Lopes, cuidar da saúde física e emocional é essencial para otimizar a fertilidade após os 35. Manter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes como ácido fólico, ferro e ômega 3, contribui para a qualidade dos óvulos e para a preparação do corpo para a gestação. A prática regular de exercícios físicos também ajuda a equilibrar hormônios e reduzir o estresse, que pode afetar diretamente o ciclo menstrual.
Outro cuidado importante é realizar check-ups periódicos. Exames preventivos permitem identificar e tratar precocemente condições que podem interferir na fertilidade, como miomas, endometriose e distúrbios da tireoide. Esse acompanhamento médico contínuo aumenta as chances de uma gravidez saudável e reduz os riscos durante a gestação. Além disso, consultas regulares oferecem a oportunidade de receber orientações personalizadas sobre hábitos de vida que favoreçam a saúde reprodutiva. Assim, a mulher consegue se preparar melhor para uma futura gestação.
Em casos em que a gravidez natural não ocorre, a medicina reprodutiva oferece alternativas como fertilização in vitro (FIV) e inseminação artificial. Essas técnicas têm evoluído constantemente, proporcionando melhores resultados mesmo para mulheres acima dos 35 anos. O suporte de uma equipe especializada é essencial para definir o tratamento mais adequado, considerando o histórico de saúde e as necessidades individuais. Dessa forma, aumentam-se as chances de uma gestação bem-sucedida e segura.
Autor: Carye Ulaan